sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Um breve "debruçar" sobre o Infinito

À medida que a minha mente se enche de si mesma, vem nascendo a estranheza. Essa estranheza tem tendência para me avassalar e devo exteriorizá-la de alguma forma, de modo a não endoidecer. Dei por mim a pensar em algo que, sem ter nada de estranho, é estranho. Pensei no infinito. Procurei aproximar-me do seu significado, mas isso é impossível. Procurei aproximar-me da sua representação, também isso é impossível.
Engraçado como consigo, apesar destes obstáculos, pensar sobre o infinito e subjectivamente sei o que é, assim como todas as pessoas. Comecei por me focar no aspecto básico de qualquer “coisa”, real e ideal. Formou-se-me na mente uma forma de colocá-lo em palavras, ainda que perca muito do seu significado e a representação se torne ainda menos válida. Ainda assim, desejo contribuir com o meu estranho pensamento.
Imaginem-se num “local”, podem defini-lo como quiserem, sensorial, imaginário, “cheio”, “vazio”, não importa. Imaginem agora que para além de vocês existe uma forma, sendo que esta vos envolve. Para qualquer direcção que se movam, esta forma cresce, adapta-se e é inatingível. Imaginem agora que se movem tendo em conta uma quantidade “infinita” de tempo num distância “infinitamente” grande. A forma continua a crescer e é inatingível. A isto eu chamaria o infinito “real”.
No entanto, imaginem também que conseguem ver além dessa forma. A forma é um limite, mas na sua essência esse limite é infinito, como já vimos. Mas continuamos a ver para lá da forma! Que situação mais estranha, não? Eu chamaria a esse conceito o infinito “ideal”. Agora, de que é que isto nos poderia servir? Sinceramente, não sei dizer.

Pergunto-me apenas, para quem ler isto, o que é para vocês o “verdadeiro” infinito? O “real” ou o “ideal”? Talvez ainda ambos? Mas temos dois pequenos problemas:
1) O infinito “ideal” é abstracto, não é possível de conceptualizar correctamente, não pode ser atingido, não pode ser testado, não pode ser (ponto, diga-se “ponto”);
2) O infinito “real” é uma mera representação incompleta do conceito, não pode ser atingido como o “ideal” é é uma deturpação e transfiguração (e tudo o que desejem chamar-lhe) deste.
Contribuo desta forma para a minha própria loucura (e provavelmente para a vossa), não o faço por mal, a estranheza tem vindo a crescer "infinitamente" ;)

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