sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Inocência

Inocência, pureza. Culpabilidade, pecado e, derradeiramente, irrelevância e sem-sentido. Conceptualizações humanas, interpretações, subjectividades d acções e pensamentos de corpo e mente a que tentamos, desesperadamente, acrescentar alma. Loucos, ignorantes que esta já lá se encontra e não precisa de ser definida, identificada, compreendida e, ainda menos que isso, julgada e alvo de conclusões às quais o Homem tem e não tem direito e dever.
Inocência, deveras... Ah! Talvez ingenuidade.

Perdida logo à nascença, ainda antes de sermos, somos... Somos e já nos encontramos "menos" do que seríamos se nunca existíssemos. Corrupção primordial do nosso próprio conceito.
Inocência perdida, inocência nunca nossa ou dos outros, nossa e de ninguém? Então e a inocência, permanece our perece? Existe e existiu ou nunca foi?

Passamos uma vida inteira a tentar viver para uma outra vida, que nem sabemos se virá, inconscientes que nem sequer existimos (e nem tentamos, na maioria dos casos, creio).
Demasiado pequenos, demasiado finitos, demasiado em demasia... Vivemos e morremos de tudo, absolutamente ilusórios. Mas, absolutos.

E a inocência? Permanece perdida.
Como podemos perder algo que nunca tivemos? Ignoro, sinceramente. E ainda assim, perdêmo-la e choramos a sua perda.

Elusiva e ilusória inocência...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Podem comentar à vontade, peço apenas que mantenham o respeito pelos utilizadores deste blog. A boa educação é uma coisa maravilhosa!