terça-feira, 16 de novembro de 2010

A medida

Não sabia sobre que escrever, mas ainda assim o farei. Escrevo.
Expresso, desta forma, o que me vai no corpo, mente e alma, estas ideias e sensações vividas pelo corpo, mente e alma... Que estranha esta divisão, seria de pensar que aceitássemos a nossa vida com maior facilidade se não distinguíssemos os vários aspectos do nosso ser. Isto aponta, sem sombra de dúvidas, para a nossa existência como seres pequenos e divisíveis.
Se fossemos "todo", não haveria esta constante necessidade de compartimentação, especificidade. O todo apecebe-se do todo, tem consciência do todo, compreende o todo, existe como todo. Nós somos pequenos, mas não é neste ponto que se encontra o obstáculo, porque poderíamos ser pequenos e, no entanto, sermos "Universo", sermos "completo", sermos "todo".
O nosso obstáculo é não sermos "todo" e não sei se será possível ou provavél deixarmos de o não ser.

Será que me sinto incomodado? Não sei. Tendo para o "não", mas não posso ter a certeza. Sei apenas que amo, logo sinto-me "todo", ainda que algo disperso.

Sei o amor, sei o infinito, sei Deus, sei os conceitos universais. Não digo que os veja, tão pouco digo que os compreenda, mas vivo-os, logo sei-os.

Sei a verdade, talvez o mais importante, sei a verdade. Daí tiro a minha medida de existência. Do amor, tiro a minha medida como homem. De outros conceitos, outras medidas tiraria, mas estas duas são-me as mais relevantes e nas quais baseio a minha existência.

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