quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Questões e problemas

Objectivamente, tudo parece ser diferente. Subjectivamente, tudo parece ser diferente. E, no entanto, instintivamente, sei que é tudo igual. Qual será o real problema? (Se é que semelhante coisa existe...)

Se somos demasiado pequenos, ainda assim, não somos o suficiente.
E se, pelo contrário, somos demasiado grandes, não somos o suficiente... Ah, tamanha ironia! Incapazes de ver e entender as mais pequenas partículas que compôem a realidade, incapazes de ver e entender a realidade global. Por tais razões, digo que o Homem é "pequeno".

Há outros problemas, claramente, mas são já de uma forma e vertente imaterialista, menos "consciente".

O, talvez eterno, problema do "eu". Se o Homem não se consegue distinguir e identificar, por meios introspectivos, não tem como se comparar ao "outro" e, sem esta diferenciação, não tem como se unificar, morre.

No entanto, sem o contacto com o "outro", não tem qualquer medida ou padrão, pois o "eu" torna-se irreconhecível ao próprio, não tem como se unificar, morre.

Este é, verdadeiramente, um problema em que a causalidade reversa é notável. A acção é igual à reacção, a causa é igual ao efeito, não existe início e fim, é uma falácia circular... Será?

Duas pequenas considerações:
1) Não poderá haver uma outra variável que afecta, simultaneamente, o "eu" que alcança o "outro" e o "outro" que alcança o "eu"?
2) Embora a lógica humana tente refutá-lo, as falácias são reais e não só podem como devem ser introduzidas e incluídas na compreensão e "explicação" da realidade.

Sem querer parecer demasiado ousado, e com base nas minhas crenças e tentativa de aceitação de uma realidade global, apontaria a alma como o elemento unificador que tenta acrescentar, não a unidade, mas a percepção de unidade da realidade, no que toca à primeire consideração.

No caso da segunda consideração, creio que a natural evolução natural da lógica humana possa vir a trazer a "resolução" de falácias e paradoxos, para que estes possam, por fim, ser plenamente aceites e integrados na realidade, alargando a nossa visão e compreensão da mesma.

Demasiados problemas, demasiadas questões, demasiadas possibilidades e realidades... Quantas poderei viver? Desejo-as todas. Esta pequena e frágil existência, sou eu que a faço e transformo em tal. Procuro estender a minha mente a novos limites, alcançar um novo nível de compreensão, ver mais longe. Ser mais...

Nunca o conseguirei, resigno-me. Coloco questões e problemas, acrescento hipóteses, não de respostas e resoluções, mas de problemáticas!
Contribuo para a minha loucura e a vossa, procuro, desta forma, alcançar a real sanidade.

Que engraçado, não sei que mais escrever. Estou sem ideias, sem inspiração. Até escrever isto provou ser um esforço... Se calhar, estou cansado, realmente cansado. Também tenho direito ao cansaço, não?

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