sábado, 11 de agosto de 2012

Tenho tido uma certa dificuldade em escrever ultimamente. Não é que não tenha ideias ou temas que deseje abordar, mas tenho estado mais ocupado a ler do que a escrever. A razão é razoavelmente simples: estou demasiado "cru" para me expressar convenientemente, pelo que tenho preferido filtrar aquilo que sinto e penso através do que leio. Dessa forma, consigo libertar alguma frustração e sentir o que desejo, sem me deixar dominar por completo, uma vez que o que sinto encontra-se aliado aos sentimentos e ideias de personagens fictícias.

Estaria a mentir se dissesse que não me sinto a entrar em pânico frequentemente e que a única coisa que me tem aguentado é o outlet de emoções quando leio, mas todos os livros têm um fim e infelizmente não são produzidos infinitamente. Mais do que isso, aquilo que começou meramente por apaziguar-me já não tem um efeito tão forte... A mente liberta-se mais facilmente do que estou a ler e sinto as coisas sem o filtro da empatia pelas personagens fictícias, e receio inclusivamente que, dentro de pouco tempo, em vez de apaziguar-me, as minhas leituras adicionarão apenas ao tormento, em vez de o manter em cheque o tempo suficiente para fazer aquilo que tenho que fazer e organizar a minha psique. Não há tempo, creio eu, nem posso fingir que há mais que uma solução para os problemas que actualmente me afligem, pelo que devo continuar a fazer o melhor que posso para impedir que o pânico me roube da oportunidade de atingir essa solução única.

De qualquer forma, farei o meu melhor para escrever algo jeitoso nos próximos dias, nas linhas do que geralmente escrevo.

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