segunda-feira, 14 de março de 2011

Essentia in anima

O que é que nos leva a ser como somos? Menos que humanos, meramente humanos. O que é que nos leva a ficar fechados em nós mesmos, inconscientes e ignorante de um Mundo à nossa volta? Não haja dúvidas, existe um Mundo lá fora que é tão infinitamente maior que a soma das nossas consciências, que deveríamos ter vergonha da nossa condição de meros indivíduos.

Egoístas, egocêntricos… Porquê?
Se houver algo para além da morte, porque é que havemos de manchar as nossas almas com a experiência de uma vida menos que plena?
E se nada houver para além “disto”, qual o real valor de uma vida tão cheia de “eu”? Quando terminar, perde-se tudo. Porquê essa reclusão essencial?

Seja qual for a nossa posição, não podemos deixar de reparar que, limitados pelo egoísmo e egocentrismo, tornamo-nos meros mortais. Digo “tornamo-nos”, pois em cada um de nós reside o potencial da imortalidade. Quando tocamos o próximo e procuramos melhorá-lo (e a nós), quando nos entregamos, ignorando a dor, e damos algo de nós incondicionalmente, estamos a partilhar da nossa essência.

Atentem no seguinte e compreendam que a nossa essência pode ser absoluta, mas tem a característica de poder crescer ou definhar. Se a guardarem apenas para vós, definhará. Se a entregarem livremente, crescerá. Não somos Homem. Muitos nem uma aproximação serão. Somos seres humanos, ilusoriamente racionais, mas um pouco mais que simples instinto.

Permanece em aberto uma questão: residirá o Mal no instinto, na consciência ou será algo exterior a nós? Aparentemente dotados de livre arbítrio e com uma mais ou menos bem definida esfera de liberdade, somos claramente responsáveis pelos nossos actos e pensamentos, logo, em princípio, o Mal ser-nos-á inerente. Resta averiguar qual a real medida de controlo de tal condição…

Cada indivíduo fará as escolhas que desejar e aí residirá a sua resposta.

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