Tenho tido uma certa dificuldade em escrever ultimamente. Não é que não tenha ideias ou temas que deseje abordar, mas tenho estado mais ocupado a ler do que a escrever. A razão é razoavelmente simples: estou demasiado "cru" para me expressar convenientemente, pelo que tenho preferido filtrar aquilo que sinto e penso através do que leio. Dessa forma, consigo libertar alguma frustração e sentir o que desejo, sem me deixar dominar por completo, uma vez que o que sinto encontra-se aliado aos sentimentos e ideias de personagens fictícias.
Estaria a mentir se dissesse que não me sinto a entrar em pânico frequentemente e que a única coisa que me tem aguentado é o outlet de emoções quando leio, mas todos os livros têm um fim e infelizmente não são produzidos infinitamente. Mais do que isso, aquilo que começou meramente por apaziguar-me já não tem um efeito tão forte... A mente liberta-se mais facilmente do que estou a ler e sinto as coisas sem o filtro da empatia pelas personagens fictícias, e receio inclusivamente que, dentro de pouco tempo, em vez de apaziguar-me, as minhas leituras adicionarão apenas ao tormento, em vez de o manter em cheque o tempo suficiente para fazer aquilo que tenho que fazer e organizar a minha psique. Não há tempo, creio eu, nem posso fingir que há mais que uma solução para os problemas que actualmente me afligem, pelo que devo continuar a fazer o melhor que posso para impedir que o pânico me roube da oportunidade de atingir essa solução única.
De qualquer forma, farei o meu melhor para escrever algo jeitoso nos próximos dias, nas linhas do que geralmente escrevo.
Procurei um pensamento. Perdi-me por um momento, despessoei-me, cristalizei no tempo. Agora penso apenas: procuro um momento.
sábado, 11 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Reach out and touch faith
In the quiet of the night, when sleep does not come and I think of all the things I've done - and all the things I should have done -, can you sense me as I sense you?
When my mind reaches out through space and time, are you really there? Am I? Am I on your mind as you are on mine?
My faith in you is unrelenting, unyielding, and I know it will be so for as long as I live. Have you kept your faith in me as I have kept mine in you?
Although you are the sweetest dream, you are also my whole world, my reality. So am I but a dream to be broken and unmade? Have I not lived and loved and suffered like the awakened?
I used to think there was no obstacle that could not be surpassed, ignorant of the obstacles of my mind. Have I been able to create an obstacle to life? I pray with all my heart it isn't so. My God, my goddess, tell me it isn't so.
When my mind reaches out through space and time, are you really there? Am I? Am I on your mind as you are on mine?
My faith in you is unrelenting, unyielding, and I know it will be so for as long as I live. Have you kept your faith in me as I have kept mine in you?
Although you are the sweetest dream, you are also my whole world, my reality. So am I but a dream to be broken and unmade? Have I not lived and loved and suffered like the awakened?
I used to think there was no obstacle that could not be surpassed, ignorant of the obstacles of my mind. Have I been able to create an obstacle to life? I pray with all my heart it isn't so. My God, my goddess, tell me it isn't so.
sábado, 28 de julho de 2012
The lying strength
Pull yourself from everything, let life pass by you without sensation or feeling, evading every experience that goes beyond mere living.
Push everything away, all the pain and the love, all the joy and the hate.
Become divided within yourself, someone, or better yet, something unable to contain all that any human being should and then tell yourself: "I am myself, I am free, I am strong".
You are not.
Not like that, not until you accept it all in your life.
Push everything away, all the pain and the love, all the joy and the hate.
Become divided within yourself, someone, or better yet, something unable to contain all that any human being should and then tell yourself: "I am myself, I am free, I am strong".
You are not.
Not like that, not until you accept it all in your life.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Desequilíbrio
De um modo geral e simplista, aquilo que exteriorizamos é produto do que se esconde no nosso interior. Podemos não estar conscientes desse facto, mas coisas como o medo, o ódio, a violência existem para colmatar uma insuficiência interna. Esse ódio, medo e violência são manifestações do que de algum modo desejamos sentir, precisamos de sentir, para nos sentirmos mais completos... Exteriorizamos, porque não encontramos outra forma de veicular os profundos sentimentos negativos que podemos sentir por nós mesmos. Quando não os exteriorizamos, tornamo-nos deprimidos ou masoquistas, porque a necessidade de satisfação dessas "estranhas" necessidades não desaparece meramente por ser ignorada, sendo que o sadismo parece ser a estranha solução que encontramos para satisfazer essas necessidades sem nos prejudicarmos (claro que haverá outras consequências, que não partirão da nossa acção, mas sim da reacção dos outros).
Mas e quanto a sentimentos positivos? Amor, caridade e afins... Será que nos regemos por um princípio semelhante? Será que tentamos "acrescentar" à realidade aquilo que sentimos em falta, inclusivamente em nós mesmos? Não me sinto confortável com a ideia de tentar responder a tais questões, pois parece-me intrinsecamente errado que algo "bom" possa nascer da ausência de algo "bom", embora se se aplicar o mesmo princípio que anteriormente evoquei, então todas as coisas boas teriam os dias contados, uma vez que assim que fosse alcançada a sua completa satisfação ou completa insatisfação, deixariam efectivamente de existir (embora não pareça tão negativo quando transportamos essa possibilidade para as coisas "más").
De uma forma ou de outra, parece tudo nascer de um profundo egoísmo e egocentrismo, assim como uma tendência natural para ou anular completamente ou completar todas as coisas, sejam elas boas ou más, de onde surge um estranho equilíbrio. E isso é verdadeiramente triste, porque quase que impossibilita a possibilidade de sermos verdadeiramente equilibrados individualmente e, quando em conjunto com outros indivíduos, "trabalhemos" activamente para desequilibrar as coisas.
Mas e quanto a sentimentos positivos? Amor, caridade e afins... Será que nos regemos por um princípio semelhante? Será que tentamos "acrescentar" à realidade aquilo que sentimos em falta, inclusivamente em nós mesmos? Não me sinto confortável com a ideia de tentar responder a tais questões, pois parece-me intrinsecamente errado que algo "bom" possa nascer da ausência de algo "bom", embora se se aplicar o mesmo princípio que anteriormente evoquei, então todas as coisas boas teriam os dias contados, uma vez que assim que fosse alcançada a sua completa satisfação ou completa insatisfação, deixariam efectivamente de existir (embora não pareça tão negativo quando transportamos essa possibilidade para as coisas "más").
De uma forma ou de outra, parece tudo nascer de um profundo egoísmo e egocentrismo, assim como uma tendência natural para ou anular completamente ou completar todas as coisas, sejam elas boas ou más, de onde surge um estranho equilíbrio. E isso é verdadeiramente triste, porque quase que impossibilita a possibilidade de sermos verdadeiramente equilibrados individualmente e, quando em conjunto com outros indivíduos, "trabalhemos" activamente para desequilibrar as coisas.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Sombras
A passion all consuming, denial of breath
Such great love would be wasted in death
For should I buy my love with hot blood
From your eyes would be birthed a flood
Um dia tudo isto não será mais que a sombra da sombra de um homem, mas especulo o que surgirá. Far-se-á a sombra e depois o homem? Quiçá ambos desfeitos? Ou permanecerá um homem sem sombra? Todos os destinos são negros, quando negro é o Destino de um homem.
Such great love would be wasted in death
For should I buy my love with hot blood
From your eyes would be birthed a flood
Um dia tudo isto não será mais que a sombra da sombra de um homem, mas especulo o que surgirá. Far-se-á a sombra e depois o homem? Quiçá ambos desfeitos? Ou permanecerá um homem sem sombra? Todos os destinos são negros, quando negro é o Destino de um homem.
sábado, 16 de junho de 2012
Redenção
Choramos mais por aqueles que amamos
Aqueles a quem o coração damos
E que independentemente de sexo, raça ou idade
Trazem-nos vida, amor e felicidade
Todos merecemos a possibilidade de nos redimir. Quão mais vil for o acto, maior a redenção a obter, mas ainda assim redenção é e pode ser obtida com esforço! E não nos devemos esquecer da nossa capacidade de perdoar, quando tal é merecido, pois embora nos possa ser difícil perdoar os outros, também aos outros pode custar perdoar-nos, logo a sensatez e coragem estará muitas vezes no primeiro passo dado no sentido de perdoar o outro, para que ele veja que também nos pode perdoar e assim se possa construir algo maior e mais belo.
Aqueles a quem o coração damos
E que independentemente de sexo, raça ou idade
Trazem-nos vida, amor e felicidade
Todos merecemos a possibilidade de nos redimir. Quão mais vil for o acto, maior a redenção a obter, mas ainda assim redenção é e pode ser obtida com esforço! E não nos devemos esquecer da nossa capacidade de perdoar, quando tal é merecido, pois embora nos possa ser difícil perdoar os outros, também aos outros pode custar perdoar-nos, logo a sensatez e coragem estará muitas vezes no primeiro passo dado no sentido de perdoar o outro, para que ele veja que também nos pode perdoar e assim se possa construir algo maior e mais belo.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
For us
Why must we all die young?
So many tears shed
Lives lived in such dread
And our songs left unsung
Must there be only loss?
In a world oh so great
Where we find mostly hate
Will our souls still cross?
If only all could accept love
And could be redeemed
Perfection to be gleamed
And we'd soar up above!
And I scream at High Heavens for only a chance, an opportunity, a possibility, a window left open, a door left unclosed! There must be more than pain, more than sorrow or bane, there must be a future for us... For me and you and everyone else, a future for happiness and meaning, must it not? I pray for such, while working on the rest, for life, for the future... For us.
So many tears shed
Lives lived in such dread
And our songs left unsung
Must there be only loss?
In a world oh so great
Where we find mostly hate
Will our souls still cross?
If only all could accept love
And could be redeemed
Perfection to be gleamed
And we'd soar up above!
And I scream at High Heavens for only a chance, an opportunity, a possibility, a window left open, a door left unclosed! There must be more than pain, more than sorrow or bane, there must be a future for us... For me and you and everyone else, a future for happiness and meaning, must it not? I pray for such, while working on the rest, for life, for the future... For us.
Subscrever:
Mensagens (Atom)